domingo, 28 de fevereiro de 2010

Agora deu para andarem a tomar as pastilhas do avô


Bebidas energéticas com drogas “legais” é mortifero.


E não sou eu que digo!

Até porque tudo o que é medicamento mexe-me aqui em baixo nas tripas...

O oxigénio à minha volta ganha uma certa tendência a enjoar.

O que me faz confusão, é o porquê de misturar vodka redbull com viagra? Ainda por cima quando na lista dos autores desta prática moderna estão jovens com idade inferior a 20 anos.

Tu queres ver que vem aí uma geração de “moranguinhos” de pila mole?

É que eu não consigo perceber qual é a necessidade de andar a tomar as pastilhas do avô para se entusiasmar?

Pelo menos eu ainda tenho bem presente na minha memória uma adolescência muito bem entusiasmada sem ter de recorrer a essas mezinhas modernas!

Enfim, é o que dá andar a ver a TVI às 19:00.

Eu não percebo qual é a vantagem dessa “moca”?

Só consigo imaginar horas perdidas na casa de banho, para além de ficar sujeito a fanicos do tipo cardíaco, daqueles que matam.

E por vezes deixam as pessoas embalsamadas em cadeiras de rodas até ao dia em que os bichinhos da terra tomarão conta do que resta da carcaça!

Eu até percebo que tenham vontade de experimentar coisas novas, mas se querem ir até ao limite, tentem por exemplo dar a volta à madeira ao pé-coxinho! Mas tomem juízo nas caveiras e tentem fazer algo que não seja assim tão estupido, para não falar da irresponsabilidade, e tentem fazer alguma coisa para além de andar a ressacar pelos cantos!

Eu percebo que quase todas as drogas são proibidas neste país, mas daí a andar a tomar veneno... existem alternativas ilegais, como a velha ervinha que faz rir...

Tem a desvantagem de terem de andar desviados do senhor lei, mas em contrapartida, ficam sossegados ali num canto a pensar e a viajar na mesma sem correr o risco do diabo vos levar!

Tentem ser mais amigos de vós próprios!

É porque o coração é assim como um motor de um carro, se apertas muito e não tens cuidado, acabas por lhe queimar a cabeça!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Um Aluvião de Tretas




Uma das coisas que eu gostava mesmo para além de não ter de pagar um ordenado mínimo para visitar a capital do meu país e não ter de pagar 2,50€ por uma ponchinha de limão com gelo, seria mesmo que as pessoas parassem para pensar antes de abrir a boca!

É que no fundo, uma pessoa vai buscar paciência ao saco e aguenta pagar a viagem e a ponchinha para o caminho... Mas agora ficar na duvida de não saber sequer a quem devemos dar os ouvidos a emprenhar... Isso é que já se torna maçador!

Não poder acreditar nem nos meios de comunicação.

Numa altura em que vivemos a ressaca do aluvião que atingiu a nossa ilha, como se não bastasse, agora tenho que levar com um aluvião de petas!

Agora interrogo-me; (porque neste momento torna-se difícil acreditar na resposta de “ninguém”, sim, porque para ser alguém tem de ter contactos nos jornais a fim de lançar boatos idiotas que não servem se não para lançar instabilidade social.):

“Que tipo de Diarreia vai dentro daquelas caveiras?”

Durante uma tristeza destas, como é possível a esta gente ainda ter espaço na cabeça para ocupar com coscuvilhice?

Vamos lá tentar ser um pouco mais atentos e menos distraídos com conversas de encher chouriços!

É que quando alguém conta um conto acrescenta um ponto, e de uma suposição de uma pessoa que foi tentar saber mais perguntando a quem ainda sabia menos, dá-se este espalhafato todo sobre a quantidade de corpos e desaparecidos durante o temporal que visitou nossa ilha!

Ora bem, isto vai de boca em boca até que chega às antenas de quem vive à pala de “chibaria”, e depois o resultado são falácias nos noticiários!

E como diz minha avó, “num instante metem um gajo pela cadeia dentro”!

Eu gostava de saber que tipo de jornalismo é um que publica uma notícia sem confirmação de pessoas directamente relacionadas com o assunto, e se foi o caso, que tipo de profissionais é que estão empregados nestas instituições tão importantes como são os hospitais?

Como a pergunta era para mim eu respondo já:

“BILHARDEIRAS!” É isso que vocês são.

Eu sei que a poncha está cara para os lados do Funchal, e que o caminho para a serra d’água tem umas “ pedrinhas pobrezinhas ” a atrapalhar o tânsito. (sim pedrinhas pobrezinhas, é para quando contarem a alguém esta notícia, as pedrinhas ficam com as suas verdadeiras dimensões!)

Até já ouvi dizer que a estrada tinha desaparecido por completo!

Mas nessa já não acreditei, depois das infinitas toneladas de puro betão, ferro, pedra e alcatrão que tinha sido investido por ali abaixo... achei estranho, no mínimo tinha de cair a Ecumeada inteira pela ribeira abaixo para rebentar as muralhas que canalizam a ribeira até à foz.

Se vos faltam alternativas para passar o tempo, sei lá vão dormir, façam algo construtivo pela vossa terra... ou então pensem nas famílias das vítimas e dos desaparecidos, que andam já com o bofe aceso que chegue!

Ou então ainda, pensem nas pessoas como eu que quando estão a ler uma notícia estão preocupados em saber a verdade e não um monte de baboseiras!

É que nem pensam que nesta altura estamos na boca do mundo, e a imagem e mensagem que estão a passar da nossa terra é que somos uma manada de bilhardeiros, e desorganizados, quando na verdade a organização é visivelmente estraórdinaria e estamos a recuperar as zonas principais a uma velocidade incrível!

Isso é que devíamos mostrar, mostrar as nossas capacidades aos outros!

Nisso o nosso Governo e as autoridades estão realmente de parabéns!

Quando é que se convencem que atitudes mesquinhas dessas vos reduzem ainda a menos do que simples mortais?

A vida continua, aproveitem agora para divulgar o que de bom fazemos aqui e mostrem o que este povo faz de melhor para além de bilhardar... Mostrem o vosso Trabalho!

Olhem para lá daquela linha entre o mar e o céu.

Para lá existe alguém e nós temos de nos valorizar para poder ser credibilizados neste mundo cada vez mais globalizado!

Só assim conseguiremos sobreviver na grande selva que o mundo se tornou!

Não podemos ficar a espera de milagres e nos fazer de coitadinhos, até porque um coitadinho na minha terra é um “corno” traído pela mulher.

Aproveitem este momento para mudar a mentalidade, porque muita gente se perde quando a cabeça começa a voar para lugares estúpidos como esses!

A minha também voa, e se as passagens aéreas fossem mais baratas, e houvesse mais escolhas marítimas para voar de vez em quando, ainda voaria mais longe....

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Não fui arrastado para o mar, nem levei com uma pedra na caveira!

Olá! Cá estou eu de volta ao “Murro” e desta vez com um murro mesmo ali na esquina do fígado como quem vai para a boca do estômago.

E para infelicidade de alguns; apesar de ter ficado incontactável durante dois dias devido ao senhor do MEO que traz Internet aqui para casa ter ficado atolado no lameiro pelos tomates; não fui arrastado para o mar nem levei com uma pedra na caveira, até porque aqui na Calheta a água não tem hipótese de correr.

Tirando a via expresso, a água é logo escoada pelos buracos e gretas das estradas das zonas mais altas do concelho.

É de lamentar todas as vítimas deste fenómeno meteorológico, mas pior mesmo só a estupidez e hipocrisia de alguns autarcas, que são, tão ou mais responsáveis do que a própria chuva.

É que se bem me lembro, três das zonas mais afectadas, são fozes de ribeiras que foram estranguladas por sucessivas obras.

A mais recente a da zona do “Dolce Vita” que já na data da sua construção tinha sofrido várias inundações pela sua proximidade da ribeira.

As caveiras dos engenheiros tiveram ideias fantásticas. E resolveram preencher o leito da ribeira de forma a isolar os andares inferiores desse monstro que surgiu no centro da nossa principal cidade. E a Câmara autorizou!

Agora chorar lágrimas de crocodilo em directo na televisão nacional, isso fica-lhe mal, senhor Miguel de Albuquerque!

Assumir um erro e a sua responsabilidade, é um dever que resulta do abuso de liberdade!

Quanto ao presidente do governo regional, já nada me faz confusão partindo daquela cabeça.

O homem continua vivendo num sonho de turismo e riqueza, e nem as imagens de destruição e pobreza o fazem despertar para a realidade em que nós vivemos... enfim! Que posso eu fazer?

Em termos de política também é do melhor que aqui temos, visto que o resto da oposição anda mais preocupada com os seus interesses pessoais em lutas de tribunais, processando o governo em milhões por expropriações de prédios abandonados ou mesmo ruínas de um legado inglês, resumindo é uma oposição de frustrados e desesperados por poder.

E mesmo aquele que aparece com ideias revolucionárias, acaba por cair na teia... a corja já está entranhada pior que manchas de lixívia em tecido preto.

Eu sei que vamos todos ultrapassar isto, é que apesar de tudo, o povo madeirense sempre conseguiu ultrapassar todas as dificuldades, que seja este o ponto de partida para deixarmos o conformismo de uma vez!

Somos descendentes de inconformados, tenho esperança nesse gene escondido!

Nós os madeirenses somos rijos, somos descendentes dos homens que abriram levadas, cavaram na rocha dura para ser o que somos hoje.

Vamos ultrapassar, vamos sobreviver e continuar a viver. É assim que se vive olhando o futuro da nossa terra, não baixamos braços.

Espero que a nova geração de madeirenses que sentiu na pele esta tragédia, esta geração com mais educação e mais crítica, consiga mudar o rumo da história da nossa terra, e consiga fazer com que essa corja de oportunistas que fazem o que lhes dá na real gana acabe e em vez disso sejamos todos capazes de formar e eleger cabeças realmente preocupadas com o bem comum da nossa região e do resto do país!

Enfim “Life goes on” como dizia TuPac... aqui vos deixo um excerto de uma metragem que escrevi e realizei com o maior prazer junto com colegas de turma e que me ocupou grande parte do tempo deste ultimo mês que passou. “Atlantic Garden”

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Uma Moca na Caveira

Ah Madeira!!!..... Quem tu eras e quem tu és!

Houve tempo em que eras apenas um pedaço de terra perdida no meio do Atlântico... Até que um dia uma expedição de Portugueses loucos se lembraram de cá parar em naus e caravelas escangalhadas pela força do mar...

500 anos depois o que sobrou dessa pérola selvagem do mar?

Só mesmo a selvajaria da cabeça do homem!

Nesta viagem pelo tempo foste esquecida pelo teu império e dominada pelos ingleses que em ti e no teu povo viram o um verdadeiro potencial.

Que te passou então para estar nesta situação?


Que tipo de gente te herdou?

Onde andam os descendentes dos loucos sonhadores que te povoaram?

Onde está a frota marítima que te sustentou durante um passado não muito distante?

Passado esse, em que eras paragem obrigatória nas viagens transatlânticas...
A pesca, agricultura, comércio e suor do povo era teu sustento! A água das tuas fontes deveria ser bebida do outro lado do mundo!

Ah! Madeira soubesses tu o quanto tou farto de ver pessoas perdidas e vesgas na realidade...

Nem um estaleiro naval se tens... Será possível?

Cuidado, podes tar a ser tomada de assalto por um bando de oportunistas!

E o povo não se dá de conta!

Foram ensinados a ver apenas com os olhos...

Deixaram de ver com o resto dos sentidos!

Às vezes vejo fumo na água e fogo no céu! E será possível as pessoas se limitarem à linha do horizonte?

Ah! Madeira bela terra... mas sinceramente que desperdício!

Deixaram-te na mão de um povo de conformados...

Foram-se os sonhos ficaram os loucos! ahahah

Passaram a ver apenas o horizonte, esqueceram-se de querer ver o que é que tem para lá... ficaram cingidos a uma realidade que os selvagens impingem.

Deveriam aprender de uma vez por todas a olhar mais longe do que aquilo que a vista alcança e acima de tudo abrir novas portas na percepção para que pudessem ver as coisas tais como elas deviam ser... infinitas!

Afinal de contas foram ideologias destas que fizeram as democracias mais equilibradas e mais perfeitas do mundo...

É preciso que as pessoas despertem e passem a olhar a realidade com algo mais do que olhos.

É preciso que este povo seja mais crítico, e mude este espírito, para que a Geração dourada que Eça de Queirós falou possa surgir e portugal volte a ser um ponto valioso de evolução, prosperidade, equilíbrio e cheio de oportunidades para sermos pessoas realizadas....

porque no fim do dia quando chegamos a casa o que conta é estarmos felizes com este tempo que é a vida! E se é tão pouco devemos aproveitá-lo vivendo realizados e não conformados!

Ah! Madeira... Deixaste de ser o "Atlântic Garden"; passaste a "Jardim de Oportunistas"



Isto até podia ser Uma moca na minha caveira! ;D