sábado, 27 de fevereiro de 2010

Um Aluvião de Tretas




Uma das coisas que eu gostava mesmo para além de não ter de pagar um ordenado mínimo para visitar a capital do meu país e não ter de pagar 2,50€ por uma ponchinha de limão com gelo, seria mesmo que as pessoas parassem para pensar antes de abrir a boca!

É que no fundo, uma pessoa vai buscar paciência ao saco e aguenta pagar a viagem e a ponchinha para o caminho... Mas agora ficar na duvida de não saber sequer a quem devemos dar os ouvidos a emprenhar... Isso é que já se torna maçador!

Não poder acreditar nem nos meios de comunicação.

Numa altura em que vivemos a ressaca do aluvião que atingiu a nossa ilha, como se não bastasse, agora tenho que levar com um aluvião de petas!

Agora interrogo-me; (porque neste momento torna-se difícil acreditar na resposta de “ninguém”, sim, porque para ser alguém tem de ter contactos nos jornais a fim de lançar boatos idiotas que não servem se não para lançar instabilidade social.):

“Que tipo de Diarreia vai dentro daquelas caveiras?”

Durante uma tristeza destas, como é possível a esta gente ainda ter espaço na cabeça para ocupar com coscuvilhice?

Vamos lá tentar ser um pouco mais atentos e menos distraídos com conversas de encher chouriços!

É que quando alguém conta um conto acrescenta um ponto, e de uma suposição de uma pessoa que foi tentar saber mais perguntando a quem ainda sabia menos, dá-se este espalhafato todo sobre a quantidade de corpos e desaparecidos durante o temporal que visitou nossa ilha!

Ora bem, isto vai de boca em boca até que chega às antenas de quem vive à pala de “chibaria”, e depois o resultado são falácias nos noticiários!

E como diz minha avó, “num instante metem um gajo pela cadeia dentro”!

Eu gostava de saber que tipo de jornalismo é um que publica uma notícia sem confirmação de pessoas directamente relacionadas com o assunto, e se foi o caso, que tipo de profissionais é que estão empregados nestas instituições tão importantes como são os hospitais?

Como a pergunta era para mim eu respondo já:

“BILHARDEIRAS!” É isso que vocês são.

Eu sei que a poncha está cara para os lados do Funchal, e que o caminho para a serra d’água tem umas “ pedrinhas pobrezinhas ” a atrapalhar o tânsito. (sim pedrinhas pobrezinhas, é para quando contarem a alguém esta notícia, as pedrinhas ficam com as suas verdadeiras dimensões!)

Até já ouvi dizer que a estrada tinha desaparecido por completo!

Mas nessa já não acreditei, depois das infinitas toneladas de puro betão, ferro, pedra e alcatrão que tinha sido investido por ali abaixo... achei estranho, no mínimo tinha de cair a Ecumeada inteira pela ribeira abaixo para rebentar as muralhas que canalizam a ribeira até à foz.

Se vos faltam alternativas para passar o tempo, sei lá vão dormir, façam algo construtivo pela vossa terra... ou então pensem nas famílias das vítimas e dos desaparecidos, que andam já com o bofe aceso que chegue!

Ou então ainda, pensem nas pessoas como eu que quando estão a ler uma notícia estão preocupados em saber a verdade e não um monte de baboseiras!

É que nem pensam que nesta altura estamos na boca do mundo, e a imagem e mensagem que estão a passar da nossa terra é que somos uma manada de bilhardeiros, e desorganizados, quando na verdade a organização é visivelmente estraórdinaria e estamos a recuperar as zonas principais a uma velocidade incrível!

Isso é que devíamos mostrar, mostrar as nossas capacidades aos outros!

Nisso o nosso Governo e as autoridades estão realmente de parabéns!

Quando é que se convencem que atitudes mesquinhas dessas vos reduzem ainda a menos do que simples mortais?

A vida continua, aproveitem agora para divulgar o que de bom fazemos aqui e mostrem o que este povo faz de melhor para além de bilhardar... Mostrem o vosso Trabalho!

Olhem para lá daquela linha entre o mar e o céu.

Para lá existe alguém e nós temos de nos valorizar para poder ser credibilizados neste mundo cada vez mais globalizado!

Só assim conseguiremos sobreviver na grande selva que o mundo se tornou!

Não podemos ficar a espera de milagres e nos fazer de coitadinhos, até porque um coitadinho na minha terra é um “corno” traído pela mulher.

Aproveitem este momento para mudar a mentalidade, porque muita gente se perde quando a cabeça começa a voar para lugares estúpidos como esses!

A minha também voa, e se as passagens aéreas fossem mais baratas, e houvesse mais escolhas marítimas para voar de vez em quando, ainda voaria mais longe....

1 comentário:

  1. É caso para dizer: "Os cães ladram e caravana passa" - Ou então "deixas pousar".
    Felizmente a imagem que se tem em termos globais, é a de um povo que se uniu e que sabe que quando cai 5 vezes, levanta-se 6.
    Tudo de bom para vós, que bem merecem pela dignidade que têm demonstrado!
    Kandando da minha cubata.

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